A corrupção movimenta mais de um trilhão de dólares por ano em escala global – só em subornos. E este é um cálculo conservador, diz o Banco Mundial. Na política, diz-se que já nos tempos de Cícero os romanos tentavam proibir candidatos de patrocinar lutas de gladiadores antes de uma eleição. Desde o século I a.C, quando comprar o voto dos cidadãos da Roma antiga tornou-se uma prática generalizada, a roubalheira e a picaretagem têm atingido proporções amazônicas.
Os suecos também colecionam seus escândalos políticos. Mas quem rouba, suborna ou abusa do poder não tem impunidade garantida pelo cargo – a Suécia não oferece imunidade aos seus políticos. Aos consabidamente corruptos, também é negada a distinção do foro privilegiado, que garante a políticos do além-mar o direito de serem julgados em tribunais especiais. Nenhum político está acima da lei. Todos estão sujeitos à mesma Justiça que julga o cidadão comum.
”Os políticos suecos podem ser processados e julgados como qualquer cidadão”, diz Alf Johansson, um dos promotores especializados em corrupção na Suécia.
A perspectiva de serem desmascarados, expostos, detidos e julgados faz com que certos integrantes deste seleto grupo de mulheres e homens probos pensem três vezes antes de colocar dinheiro alheio dentro de malas ou meias.
Maior que a ausência de uma cultura de impunidade, no entanto, foi o desenvolvimento na Suécia de uma cultura de honestidade e confiança nas instituições públicas.