A Islândia vai ser o primeiro país do mundo a obrigar os empregadores a provarem que pagam o mesmo salário para trabalho igual – independentemente de gênero, etnia, sexualidade ou nacionalidade. O anúncio foi feito pelo governo da ilha nórdica no Dia Internacional da Mulher.
“Chegou a hora de fazer algo radical sobre esta questão”, disse o ministro islandês para a Igualdade e Assuntos Sociais, Thorsteinn Viglundsson.
“Salário igual é um direito humano. Precisamos de garantir que homens e mulheres têm oportunidades iguais no local de trabalho. É a nossa responsabilidade tomar todas as medidas necessárias para conquistar isso”, destacou o ministro.
A lei proposta pelo governo prevê que todas as empresas com mais de 25 funcionários tenham que obter uma certificação, a fim de provar que pagam o mesmo salário por trabalho idêntico.
A nova legislação deverá ser aprovada pelo parlamento islandês, uma vez que tem o apoio do governo e dos deputados da oposição.
Países como a Suíça, além de regiões como o estado americano de Minesotta, já têm políticas de certificação de igualdade salarial – mas a Islândia deverá ser a primeira nação a tornar esta certificação obrigatória, tanto para empresas públicas como privadas.
Há oito anos consecutivos, o Fórum Económico Mundial já posiciona a Islândia como o melhor país do mundo na questão da igualdade de género. Mas as islandesas ainda ganham, em média, entre 14 e 18% menos do que os islandeses.
Em outubro, milhares de islandesas saíram do trabalho às 14:38 para protestar em frente ao Parlamentose contra a desigualdade salarial: pelos cálculos dos grupos islandeses de defesa dos direitos das mulheres, a partir daquela hora as mulheres trabalham de graça.
8 de Março de 2017