Já é Natal na Câmara de SP: na última sessão do ano, alheios à crise que atinge o país e a capital paulista, vereadores se auto-concederam um aumento de 26,3% sobre seus próprios salários – que, a partir de janeiro, passam de R$ 15 mil para cerca de R$ 19 mil.
Lembra-se: na Suécia, assim como em grande parte dos países do mundo, vereadores não recebem salários.
Já no Brasil, cada um dos ditos representantes do povo paulista têm direito – além do salário – a uma verba de R$ 143.563,67 para pagamento de 17 assistentes parlamentares, e a recursos da ordem de R$ 264.937,56 por ano (cerca de R$ 22 mil mensais) para pagamento de serviços gráficos, correios, assinaturas de jornais, deslocamentos pela cidade e materiais de escritório.
A ONG Minha Sampa organizou uma petição online contra o aumento dos saários, e alcançou mais de cinco mil assinaturas. “É um desrespeito com a população que não recebe aumento. Tudo feito sem transparência, sem explicações ou prestação de contas à sociedade. Esse aumento poderá significar mais de 10 milhões aos cofres públicos nos próximos anos que deixam de ser investidos em saúde e educação”, disse Guilherme Coelho, coordenador do Minha Sampa.
O Psol protocolou requerimento contra a votação do aumento salarial dos vereadores paulistanos. “Não é aceitável que se aumente os já super salários dos vereadores paulistanos em um momento de precarização dos serviços públicos e crise. Tal projeto atenta contra os princípios da impessoalidade e da moralidade e da eficiência da administração pública conforme disciplina o artigo 37, caput. da Constituição Federal vez que é votado em momento posterior às eleições municipais sendo de conhecimento de todos que parte dos proponentes configura a próxima legislatura”, diz o documento, assinado pelo vereador Toninho Vespoli e a vereadora eleita, Sâmia Bonfim.
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Confira como votou cada vereador, na reportagem do jornal O Globo:
Câmara de SP aprova aumento de mais de 20% de salário de vereadores
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na tarde desta terça-feira (20) um aumento no salário dos vereadores. Eles ganhavam em média um salário bruto de R$ 15 mil, e passarão a ganhar R$ 18.991,68, o que representa um aumento de 26%. Trinta vereadores votaram a favor do aumento e onze votaram contra. Veja abaixo como votou cada um.
O projeto foi proposto por Milton Leite (DEM), Adolfo Quintas (PSB) e Adilson Amadeu (PTB). Este é um Projeto de Resolução, que agora precisa ser promulgado pelo presidente da Câmara, Antônio Donato, que tem 10 dias corridos para promulgar a resolução.
O aumento passará a valer a partir de 1º de janeiro, quando assumirão os vereadores eleitos em outubro deste ano. A lei proíbe que os vereadores aumentem o próprio salário na mesma legislatura.
A ONG Minha Sampa organizou uma petição online contra o aumento dos saários, e alcançou mais de cinco mil assinaturas. “É um desrespeito com a população que não recebe aumento. Tudo feito sem transparência, sem explicações ou prestação de contas à sociedade. Esse aumento poderá significar mais de 10 milhões aos cofres públicos nos próximos anos que deixam de ser investidos em saúde e educação”, disse Guilherme Coelho, coordenador do Minha Sampa.
Além do salário, o vereador tem acesso a uma verba de R$ 143.563,67 para pagamento de 17 assistentes parlamentares. É possivel verificar o salário dos vereadores e funcionários no site da Câmara. Clique aqui para acessar.
Também fica à disposição de cada parlamentar o axílio-encargos gerais de gabinete – uma verba anual de até R$ 264.937,56 (cerca de R$ 22 mil mensais) para pagamento de serviços gráficos, correios, assinaturas de jornais, deslocamentos pela cidade e materiais de escritório.
Veja abaixo como cada vereador votou:
SIM:
Abou Anni (PV)
Adilson Amadeu (PTB)
Adolfo Quintas (PSDB)
Alfredinho (PT)
Antônio Donato (PT)
Arselino Tatto (PT)
Atílio Francisco (PRB)
Celso Jatene (PR)
Claudinho Souza (PSDB)
Conte Lopes (PP)
Dalton Silvano (DEM)
David Soares (DEM)
Eduardo Tuma (PSDB)
Gilson Barreto (PSDB)
Jair Tatto (PT)
Jonas Camisa Nova (DEM)
Juliana Cardoso (PT)
Milton Leite (DEM)
Nelo Rodolfo (PMDB)
Noemi Nonato (PR)
Paulo Fiorilo (PT)
Paulo Frange (PTB)
Quito Formiga (PSDB)
Reis (PT)
Ricardo Teixeira (PV)
Senival Moura (PT)
Souza Santos (PRB)
Toninho Paiva (PR)
Vavá (PT)
Wadih Mutran (PDT)
NÃO:
Andrea Matarazzo (PSD)
Aurélio Miguel (PR)
Aurélio Nomura (PSDB)
José Police Neto (PSD)
Mario Covas Neto (PSDB)
Natalini (PV)
OTA (PSB)
Patricia Bezerra (PSDB)
Ricardo Nunes (PMDB)
Salomão (PSDB)
Toninho Vespoli (PSOL)
21 de Dezembro de 2016