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Foto do contracheque mostra que o salário do chefe do setor de fotocópia da Câmara é de um pouco mais de R$ 5 mil – mas com a soma de penduricalhos e abonos, vai a mais de R$ 22 mil.
Por Elton Santos, do GuardianDF
O Distrito Federal é a capital dos concursos públicos. São milhares de pessoas em cursinhos para se preparar a um cargo efetivo. Um contracheque, enviado por um leitor, mostra que um técnico legislativo – portanto, nível médio – recebe salário mensal de R$ 22 mil. Isso mostra porque é uma meta tão atrativa passar em um certame.
Segundo consta no documento, o funcionário é da área de fotocópia da Câmara Federal – ou seja, onde se tira xerox de papelada – e o vencimento real é de um pouco mais de R$ 5 mil. As informações foram confirmadas por meio do Portal da Transparência. É óbvio que isso não reduz a possibilidade de ele receber um mega salário, até porque trabalha na Casa desde 1998.
Mas as cifras mostram a grande discrepância entre os salários no Brasil. Um professor em início de carreira, em Formosa, por exemplo, um município a 80 quilômetros do Congresso Nacional, recebe cerca de R$ 1,4 mil, podendo chegar a incríveis R$ 5 mil.
Semana passada, o jornal Estadão divulgou um levantamento em que mostra que pelo menos 1.700 servidores receberam acima do teto constitucional, de R$ 33,7 mil. Ou seja, a situação é ainda pior. E mesmo em crise, o Poder Legislativo mostra que corta na carne serve apenas para o trabalhador.
Atualização: segundo informações que chegaram ao Guardian DF, o contracheque faz, ainda, parte de um processo judicial onde o servidor pede reajuste.
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