Da Rádio França Internacional:
A jornalista Claudia Wallin estava no centro da capital sueca, no local onde um caminhão atropelou diversas pessoas nesta sexta-feira (7), deixando mortos e feridos. Ela fala sobre esses momentos dramáticos e faz um relato dos acontecimentos.
Claudia Wallin, correspondente da RFI Brasil em Estocolmo
O clima é bastante tenso aqui no centro da capital sueca. Toda a área em redor de onde houve o ataque está bloqueada pela polícia, helicópteros sobrevoam a cidade, sirenes são ouvidas a todo momento e há um receio de que novos ataques possam ocorrer.
Eu passava nesta rua de pedestres onde aconteceu o atentado exatamente no momento em que ele ocorreu. Foram cenas de muito pânico, muita correria, muitas pessoas gritando, chorando, telefonando para pessoas para dizerem que estavam bem, pessoas se abraçando, muita correria, muito pânico… Eu cheguei a ver a ambulância carregando um dos corpos que foram atropelados pelo motorista, pelo autor do ataque, com uma grande poça de sangue no chão, e muitas pessoas chorando ao redor, enfim, cenas de muito, muito pânico aqui na capital sueca.
Segundo as informações da polícia, três mortes estão confirmadas, há informações de que haveriam pelo menos oito pessoas feridas. Uma hora mais ou menos depois que o ataque ocorreu, houve informações de que houve um tiroteio em um outro bairro, em um local não muito distante daqui.
Essa rua de pedestres onde aconteceu o atentado – ela se chama Drottninggatan – é uma longa via de pedestres no centro de Estocolmo, extremamente movimentada, e ela vai terminar justamente em frente ao Parlamento sueco e a sede do governo. Esse ataque aconteceu a cerca de 6 ou 7 quarteirões do Parlamento. Esse caminhão invadiu a rua de pedestres, atropelou várias pessoas no caminho, e bateu contra o muro de um grande shopping center daqui do centro de Estocolmo.
Há bastante tensão ainda no ar, muitas pessoas pedindo informações, volta e meia tem uma correria por aqui, a polícia impedindo qualquer pessoa de se aproximar do local. Muito, muito medo, esse é o clima no momento aqui.
7 de Abril de 2017